sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Pai


É muito difícil superar essa perda. Dizer adeus àquelas pessoas que amamos e que convivemos por algum tempo, que faz parte da nossa vida, que nos ensinou muitas coisas, inclusive a viver é uma tarefa sobre-humana. Não parece justo pedir isso à um filho que perde os pais, ou o que é pior, aos pais que perderam um filho. Mas é a vida. E assim temos que aprender a viver. A morte também faz parte...
Porém, para aqueles que ficam, resta tocar a vida adiante. A dor, a saudade, as marcas, talvez até o trauma, permanecerão por algum tempo. Talvez demore anos para se conseguir superar isso. Mas não se pode esquecer que os que ficam ainda têm uma vida, ainda têm pessoas que as amam e por vezes dependem dela. Então, não se pode se entregar, jamais!
Eu acredito em vida após a morte, reencarnação e todas essas coisas. Para mim, a morte é apenas uma passagem, uma transição natural das coisas. Com isso, acredito que após partirem desse mundo, as pessoas vão para outro e podem não só entrar em contato com os que ficam, como têm acesso ao que acontece com eles na Terra.
Com isso em mente, eu diria que a melhor maneira de mostrar o quanto gostamos daqueles que partiram é seguir em frente e correr atrás dos nossos sonhos, buscar tudo aquilo que desejamos e o que nos faz feliz. Primeiro porque é o que eles gostariam que fizéssemos e segundo, porque se eles estiverem nos assistindo, com certeza ficarão muito felizes. É fazer com que se orgulhem de nós mesmo que não estejam fisicamente do nosso lado. É mostrar-lhes a pessoa que nos tornamos, e tudo graças à eles. É fazer com que sintam orgulho de terem feito parte da nossa vida. E esperarem ansiosamente pelo dia de nos re-encontrarmos novamente.
A melhor maneira de reagir à morte é viver. Viver e buscar concretizar sonhos, realizar desejos e ser feliz. Nada disso vai arrancar a dor e o vazio que ficam no peito, nada vai matar a saudade, mas a certeza de estarmos fazendo aquilo que gostariam que fizéssemos, dá um alento e um alívio, mesmo que pequeno.
Não quero entrar no mérito de crenças ou religiões, acho que cada um tem a sua e assim seguimos... É a visualização da vida independe de qualquer crença. "Saudades"!!

Um comentário:

  1. Não existe felicidade constante nesta vida, temos muitos momentos bons e ruins também, porem vou seguindo e prefiro pensar desta forma que os momentos ruins servem para refletirmos e aprender com eles ver realmente quem esta com a gente pois nessas horas é que vemos quem realmente se importa. Agradeço a minha esposa Rita que em alguns desses momentos em minha vida ja esteve presente se dedicando de coração e isso jamais vou esquecer...
    Então os momentos ruins existem para que os bons sejam inesquecíveis!!!

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