GUACO
Mikania guaco
Descrição : Da família das Asteraceae, trepadeira perene de folhas ovais, simples, suculentas e cheirosas e de inflorescência de cor branca. É também conhecida como cipó-catinga, cipó-sucuriju, erva-de-cobra e vaco. A palnta se desenvolve como trepadeira arbustiva, lenhosa e sem gavinhas, com caule volúvel, cilíndricio e ramoso. As folhas de cor verde-brilhante, são opostas, pecioladas, codiformes, rígidas e quase triangulares, de bordo inteiro e com cinco a sete nervuras na base. Exalam um forte aoma quando são esfregadas ou partidas. As inflorescências são brancas e reúnem-se em pequenos buquês agrupados em belos cachos. Na época da floraçào, torna-se uma planta muito procurada pelas abelhas melíferas. Reproduz-se por sementes ou pelo plantio de estavas do caule, de preferência em terrenos arenosos e úmidos, áreas sujeitas a inundações e beiras de rio. Nasce também, nas matas e nos cerrados, adaptando-se bem ao cultivo doméstico. As folhas podem ser coletadas em qualquer época do ano, dando-se preferência ao período antes das floração, quando a palnta apresenta maior teor de princípios ativos.
Partes utilizadas : Folhas.
Habitat: É nativo da América do Sul, vegetando espontaneamente na Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil, especialmente nas regiões sul e sudeste.
História: É usado pela população indígena e cabocla como antitóxico em regiões infestadas por ofídios venenosos e é largamente empregado na medicina doméstica. Faz parte da farmacopéia homeopática.
Plantio : Multiplicação: por sementes ou por estacas (ramos).
Cultivo: Planta brasileira, prefere terrenos arenoargilosos e úmidos. Como cipó, exige locais para desenvolver-se como trepadeira. Em cultivo programado pode ser feito semelhante ao maracujá, em parreiras. As mudas formadas devem ir para o local definitivo até 6 meses de seu plantio.
Colheita: colhem-se as folhas a qualquer época do ano, dando preferência às folhas mais novas.
Modo de conservar : As folhas devem ser utilizadas frescas ou secas ao sol e guardada em sacos de papel e de pano.
Origem : América do Sul, vegetando principalmente na Argentuna, Paraguai, Uruguai e no Brasil, especialmente nas regiões Sul e Sudeste..
Propriedades : Diurético, béquico, expectorante, anti-reumático, febrífugo, sudoríparo e depurativo.
Indicações : Fornece um chá perfumado e muito útil em casos de tosse e catarros.
Uso pediátrico: As mesmas indicações.
Uso na gestação e na amamentação: Não há contra-indicações a não ser as descritas a seguir.
Principios Ativos : Flavonóides, cumarinas, terpenos, guacina, glicosídios, resinas e taninos.
Modo de usar:
Estados gripais; febres; catarros bronquial; asma brônquica; anti-séptico das vias respiratórias; reumatísmos; em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de sopa de folha fresca picada e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara de chá, 2 vezes ao dia.
Toses rebeldes ; coloque 2 colheres de sopa de folhas frescas picadas em 1 xícara de café de açúcar cristal. Leve novamente ao fogo brando, até o açúcar derreter. Tome 1 colher de sopa , de 2 a 3 vezes ao dia. Para crianças dar somente metade da dose.
Reumatismo; varizes; afecções pulmonares ; coloque 5 colheres de sopa de folhas picadas em 1 garrafa de vinho branco. Deixe em maceração 8 dias, agitando o líquido de vez em quando e coe. Tome 1 cálice de licor, de 2 a 3 vezes ao dia.
Úlceras; feridas; cicatrizante : coloque 1 colher de sopa de folhas frescas de guaco e 1 colher de sobremesa de rizoma de confrei, tudo bem picado, em 1 xícra de chá de água em fervura. Deixe ferver por 3 minutos e coe. Aplique no local afetado, com um chumaço de algodão, 3 vezes ao dia.
Toxicologia : O uso prolongado predispõe a acidentes hemorrágicos. também pode provocar vômitos e diarréias.
Contra-indicações: Em pacientes com distúrbios da coagulação sangüínea e doenças crônicas do fígado.
Efeitos colaterais: Pode provocar acidentes hemorrágicos.
Posologia: Adultos: 10 a 30m I de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água; 4g de erva fresca (2 colheres de sopa para cada xicara de água) de folhas em infuso até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12h para afecções reumáticas e como diurético. Vinho medicinal com 20g de ervas secas para cada 100ml de vinho branco não licoroso maceradas ao abrigo da luz por 7 dias e agitadas 2 vezes ao dia, após o que se côa o líquido para Uso na dose de 2 cálices ao dia; Xarope frio de tintura com mel e própolis ou infuso das folhas com leite morno para as afecções pulmonares; Suco da planta fresca, concentrado, Uso tópico sobre picadas de cobras e para fricções em dores reumáticas. Emplastro das folhas frescas (ou suco) sobre afecções da pele. Crianças tomam de 1/6 a Y2 das doses recomendadas para adultos.
Interação medicamentosa: Por ser rica em cumarinas, interfere no processo de coagulação sangüínea. Antagonista da vitamina K. Precauções: Evitar seu Uso em pacientes com distúrbios da coagulação sanguínea, em mulheres com menstruações abundantes, em patologias crônicas do fígado e por período superior a 3 meses.
Farmacologia: Pesquisas científicas isolaram um glicosídeo que dá origem a cumarina, responsável por seus efeitos antitóxicos, passagem nos processos de coagulação sangüínea. Naturalmente não se pretende substituir a administração do soro antiofídico. Mas sempre foi tradição indígena e cabocla o suco de guaco sobre picadas de cobras, principalmente acontecem no campo. Suas ações antialérgicas, antiinflamatórias e bronco dilatadoras se confirmam por seus princípios ativos.
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